terça-feira, 13 de agosto de 2013

O por que quase parei?


Quase parei de escrever no Blog por vários motivos, um deles foi o medo da reação do meu filho quando entendesse o que eu fiz e como ele foi exposto, tenho medo de sua reação não sei se ele vai gostar, achar interessante o que a mãe fez ou vai se revoltar por ter tido sua privacidade invadida, dessa forma precisei pensar  e analisar essas questões.
Um outro motivo foi se realmente importava eu escrever ou não, se alguém lia, se isso ajudava alguém, por que foi para isso que criei o blog.
Acho que foi uma crise existencial!
Mas o Blog é sobre minha vida depois do Guilherme, sempre pensei muito ao escrever  sobre o que eu sinto, porem vejo que sobre tratamentos todos falam, mas sobre como se sente a mãe é pouco citado!
E quis  falar de coração aberto. Eu passei por um momento de varias incertezas, acredito que de cansaço mesmo. Aquele momento que tudo perde o sentido.
Sempre quis passar a imagem de alguém forte, porem percebi que não sou, e eu cansei, cansei de levar ele ao médico, cansei de fazer meu filho acordar todo dia cedo para fisio, fono, hidro, e todas as outras terapias. Cansei das convulsões, cansei de eu dizer que ele se comporta diferente e todos duvidarem de mim, cansei de ter que brigar toda vez que saio de casa com ele pelo mínimo de respeito pelos seus diretos, cansei ...
E tive duas alternativas:
Cansar de vez!
Ou reorganizar minha vida!
Decidi pela segunda! Que bom!
Cheguei a conclusão que não é por que eu tenho um filho especial que eu tenho que viver em função dele, até por que se eu quero que ele seja tratado como os outros,  devo começar a trata-lo assim em casa, tenho uma filha de 9 anos que também precisa de mim, uma carreira sendo construída que precisa de esforço, não vou deixar de leva-lo a todos os seus compromissos, porém não vou mais esquecer de mim!!!
Acredito que meu filho vai ficar feliz, em ver sua mãe feliz, e não em ver sua mãe desgastada e triste, e ele como um fardo!  E isso vale para todas. Sim temos filhos especiais eles precisam de mais dedicação, porém esses filhos tem que ver suas mães felizes e realizadas!
Então saia de casa sozinha, no começo vai ser difícil, mas saia!
Vá ao cinema com uma amiga, vá ao cabeleireiro fazer uma escova, evite falar de médicos, tratamentos, terapias, fale sobre você, mas não é para falar de como você se sente com relação ao seu filho, é para falar do sapato que você acha bonito, de qual cor você quer pintar seu cabelo, é o SEU momento!
Viva sua vida também!  Esteja bonita, arrumada alegre! Seu filho, você e sua família precisam disso!
Não precisa ser todo dia, mas quando sentir a tristeza está batendo a porta faça isso.
Feito isso suas energias estarão renovadas e você pronta para mais uma maratona!!!
Tenha um momento só seu! Pise descalça na grama, reflita, deeeeesaaaaaceeelere!
E blog vou continuar escrevendo, porem vamos mudar o foco, não quero ficar aqui me lamentando sobre como é difícil ser mãe de PC, epilético.
Vou começar a mostrar a vocês o que faço com ele em casa, como eu o estimulo, como reforçamos as terapias....
Abraços Gigantes a todos e a Todas!!!


Amo vocês!

3 comentários:

  1. Isso ai Daiane coragem de colocar-se de coração aberto,o muitas mães sentem ou mesmo filhos com pais que acabam se tornando dependentes como aconteceu comigo chegam como vc chegou.Também passei por todos esses sentimentos e vc teve tempo de refletir e perceber que dentro de si existe mãe,mulher,profissional,ativista,muitas mulheres e da conta em ser todas elas.Suas experiencias com o Gui são extremamente importantes para serem compartilhadas e sempre que o cansaço chega PARE,RESPIRE,DESESTRESSE,FAÇA O POSSÍVEL E RECOMECE .Somos FÊNIX e ressurgimos para melhor.Conte conosco,adorei ter te encontrado por aqui!

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  2. Olá Daiane. Achei o seu blog há uns dois meses, justamente quando descobri o diagnóstico da minha filha. Seu blog me ajudou muito. Percebia que minha bebê não mexia muito com a mão direita, falei com o médico várias vezes e ele dizia que era pra eu estimular. Não adiantava. Até que fui num ortopedista e ele me mandou para um neuro. Então com 6 meses descobri que minha filha sofreu uma asfixia intra-uterina que lesou seriamente seu cérebro. Neste meio tempo começaram os espasmos musculares e descobri que tinha a Síndrome de West. Não foi e não está sendo nada fácil. Estou nessa de acordar cedo todos os dias para levá-la a fisio, fono, T.O., médicos....Estava ansiosa pra ver vc postar alguma coisa sobre o Guilherme, as vezes fico sem esperança alguma e com casos de outras crianças dá uma animada sabe. Então, não deixe de compartilhar suas frustaçoes e vitórias. Queria saber como o Guilherme está, torço muito por ele mesmo não conhecendo vcs pessoalmente. Um abraço

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  3. Olá Daiane. Não ache que as pessoas ñ ligam p/ o que vc escreve, pois essa é a minha 1ª escrita no bolg, mais leio a quase 2 anos, desde que nosso filho teve o diagnostico de west, ficamos sem chão, sem rumo e td aquilo que vc ja sabe, a west ja foi, mais agora ficamos com autismo, as lutas são iguais as suas diarias, perdi meu emprego qdo descobrimos a west, mais hoje vejo que foi o melhor p/ mim e a nossa familia, principalmente o nosso filho. Algumas das cosias que vc sugeriu eu ja passei a fazer, curto cada momento e deixei de querer td p/ ontem e esperar por cada conquista, pode demorar p/ mim, mais ela vem e é no tempo de DEUS, infelizmente amizade verdadeira hoje vejo que tenho só a da minha mãe, é o que me basta, as outras coisas daqui alguns meses se DEUS quiser vou poder trabalhar e sair um pouco desse mundo que nos da alegria e frustrações, que como mãe nos consome, mais por favor ñ pare de postar, suas conquista com Guilherme, sua luta e td o que vc sente, isso ajuda mto, me ajuda sempre e vc ñ faz ideia. Um gde beijo e boa semana.

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